domingo, 20 de março de 2011

Submundo News

CAVALO MORANGO (PLUMA)


O cavalo, escolhido pelo próprio Aslam para ser um dos animais falantes e, depois, para ser o primeiro cavalo alado, representa o novo convertido totalmente transformado, que esquece de todo o seu passado, apagado e perdoado. No momento em que ele escuta a música, fica mais atento e com aparência jovial, o início do aprendizado de um indivíduo que após sua conversão total, no caso a escolha dele como o povo de Nárnia, esquece de seu passado como se nada dele valesse a pena. Pluma nem mesmo se lembra claramente de seu antigo dono, pois agora ele pertence a Aslam, totalmente redimido. Na Bíblia este comportamento é mencionado no livro de II Coríntios, 5:17: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”

Não é a primeira vez que uma criatura alada é inspiração para C.S.Lewis em demonstrar esta transformação. No seu livro O Cristianismo Puro e Simples (p.286 na versão da Martins Fontes) ele menciona:

“…a simples melhora não é a redenção, embora a redenção sempre melhore as pessoas (…). Deus se fez homem para que as criaturas se tornasse filhos: não simplesmente para produzir homens melhores do tipo antigo, mas para produzir um novo tipo de homem. É como se, em vez de ensinar um cavalo a saltar cada vez melhor e mais alto, nós o tornássemos uma criatura alana. É claro que, quando suas asas crescerem, ele voaria por sobre cercas que nenhum cavalo poderia saltar, e assim venceria o cavalo natural no seu próprio território. Mas haveria um período, quando as asas ainda estivessem apenas começando a crescer, em que não poderia fazer isso; e, nesse estágio as protuberâmcias nos ombros – ninguém seria capaz de dizer, pelo simples olhar, que viriam a transformarem-se em asas – poderiam até dar-lhe uma aparência canhestra.”

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“Esse cavalo é um fanfarrão, assim que ganha autoridade em nárnia já acha que pode mandar, o mundo está perdido mesmo.” – Feiticeira Verde, Rainha do Submundo.

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O COCHEIRO (PRIMEIRO REI DE NÁRNIA)

O cocheiro é a representação de um cristão atento, pronto para aprender e se aperfeiçoar a cada dia. Na escuridão ele canta um hino, declara que é ativo em sua igreja e, quando Aslam o escolhe como rei, ao lado de sua esposa, ele aceita passar os bons preceitos para a geração posterior e governar com sabedoria. Arrisco-me dizer que ele lembra Salomão.

O cristão aí caracterizado é aquele que está disposto a crescer espiritualmente, aceita as responsabilidades e procura realizar seus compromissos da melhor forma, respeitando a lei de Deus. Por isso, o cocheiro sente conhecer Aslam de algum lugar, pois, na verdade, ele o conhece e o segue a tempos:

“– Meu filho – disse Aslam para o cocheiro. – Há muito tempo que o conheço. Você me conhece?

– Bem, senhor, não – respondeu o cocheiro. – Pelo menos, não no sentido comum. No entanto, se me permite dizer, sinto que o conheço de algum lugar.”

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“O cocheiro é mais um manipulado por aquele leão crescidinho, que a cada dia vai seguindo passos, o que ele precisava mesmo era um guia de auto-estima: Como ser um rei, porque né!” – Feiticeira Verde, rainha do submundo.

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