domingo, 27 de março de 2011

Submundo News

TIO ANDRÉ

O tio de Digory é um símbolo claro do ateu convicto. Ele não crê em Deus e nem quer crer. Por isso ele transforma o ditado “ver pra crer” em “não crer pra não ver”. Desta forma, sem querer acreditar, ele deixa de ver muitas coisas reais que acontecem na sua frente.

Mas mesmo o ateu convicto, o que Lewis foi em sua juventude, estremece diante de Deus. André teve medo e se perturbou na presença do Leão, tremendo também com a música da criação. Sua cegueira espiritual tornou-se surdez quando nem entendeu o que os animais falavam (quem não crê, não entende). Ele mostrou claramente que rejeitava a “religião” e, por isso, mesmo diante de provas incontestáveis, não acreditava. É aquela pessoa que torna-se cego para a espiritualidade e em poucos casos se abre para a ação de Deus na vida dela.

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“Um perfeito aliado, e próspero também, se não fosse aquele maldito leão. Ele é propício e tende ao mal mais que aquele filho de Adão, Edmundo, mas isso é outra história.” – Feticeira Verde, rainha do submundo.

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RAINHA JADIS, A FUTURA FEITICEIRA BRANCA

Simbolizando o próprio mal (satanás, diabo, anticristo, o não-bem, chame como quiser), Jadis odeia Aslam no instante em que ela o vê, como ocorre com a música da criação. Ela entende o Leão e reconhece sua força, por isso foge, mostrando que o mal conhece o bem e sempre busca vencê-lo, o que Jadis fez jogando o poste. Ela é o mal que viu a criação do mundo, entendeu que perderia contra o criador mas, mesmo assim, tentou lutar contra ele no episódio do livro O Leão, A Feiticeira e O Guardarroupa. Jadis se desdobra em diversas personagens ao longo dos outros livros de Nárnia, mostrando que o mal não tem somente uma faceta.

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“Minha amiga maravilhosa, a Jadis, companheira de tricô. Dizem que sou uma das personalidades dela, tudo mentira viu, somos primas, tolinho! Jadis atuou perfeitamente, não fosse o fato de interpretar mal as escrituras da mesa de pedra, não é mesmo queridinha?” – Feiticeira Verde, rainha do submundo.

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OS SEIS

Todas as seis personagens principais traçam características religiosas pessoais bem marcadas tornando-se símbolos estereotipados. Lewis deixou, com isso, lições em cada um. Com Digory, ele explica que é possível superar as tentações. Com Polly, que a doçura e amizade de um cristão são tesouros. O cavalo Morango ensina sobre a transformação e, junto com o cocheiro, é exemplo de um cristão comprometido com a sua fé. Já com os outros personagens, Tio André e Jadis, Lewis transmite a ideia de que se não houver fé, não haverá transformação de vida, além de afirmar a existência da maldade.

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“Nada a declarar, cinco seres manipuláveis, seja por aquele leão soberbo, ou pela minha amiga Jadis maravilhosa.” – Feiticeira Verde, rainha do Submundo.

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E assim eu encerro o mês de março, e também o livro: O Sobrinho do Mago, semana que vem eu falo sobre O Leão, A Feiticeira e O Guarda Roupas. Alguns personagens se repetirão, mas irei contar o desfecho do livros através deles. Pessimo dia, te vejo no Submundo News.

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